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sábado, 25 de dezembro de 2010

COMPARAÇÃO FORÇADA

Não importa qual o nosso cargo, somos forçados a encarar centenas de problemas no trabalho a cada mês. Alguns são grandes, outros maiores, alguns pequenos e outros menores. De qualquer forma, somos inundados com essa enchente de problemas e algumas vezes nos encontramos incapazes de ajudar a nós mesmos, ou a nossos clientes. Não importando o quanto somos bons em solucionar problemas, um dia vai acontecer: as idéias vão acabar. Nós somos humanos, nós falhamos.

Quando se trata de solucionar problemas, passamos por fases onde a inspiração simplesmente acaba. Nós seguimos todas as regras, fizemos listas e listas com fatos, detalhes, presunções e desejos, todas inconsistentes. Parece não haver a luz da solução no fim do túnel e nos encontramos prestes a desistir. Precisamos de uma idéia. Uma nova idéia, uma que NÓS ainda não exploramos. Como fazemos para “ligar” nossa criatividade e salvar o dia?   

Fomos ensinados que criatividade não é algo que podemos acionar sempre que precisamos. Que criatividade seria um dom inestimável de poucos gênios. Que ela não é para nós simples mortais e que se um dia tivemos uma idéia verdadeiramente original uma vez na vida, deveríamos nos considerar sortudos. Acontece que eu discordo desse pensamento. Todos estamos cheios de criatividade, o problema é como colocar ela para fora. Como acionar a “musa inspiradora” e deixar as idéia transbordarem de nós.

Ser criativo, literalmente, é fazer as coisas de um jeito diferente. O paradoxo é que uma vez que encontramos uma solução funcional para um problema, nós tendemos a utilizar ela nos problemas futuros, repetidas e repetidas vezes. Sucesso gera monotonia. Mesmo quando a solução “testada e aprovada” falha em resolver um problema, nós insistimos em tentar seu uso. Isso é tão criativo.

É da natureza humana não confiar em coisas novas: “elas podem não funcionar...”. Temos medo de mudanças porque elas podem nos machucar. Nós preferimos tentar o uso de velhas soluções, que não são mais apropriadas para o problema, a experimentar novas idéias. De certa forma, somos terrivelmente resistentes a sermos criativos porque tememos o fracasso. No entanto, a necessidade por novas idéias, continua sempre presente.
Ser criativo significa tentar coisas novas e assumir riscos. Riscos para o nosso ego, para o nosso senso de valor e riscos para a imagem que queremos passar para as outras pessoas. Ser criativo significa viver no limite, não sabendo ao certo como as coisas vão terminar e se arriscando a virar motivo de piadas.   

Tente isso:

Como alguém se torna criativo? A resposta é simples, mas provavelmente será rejeitada por muitos leitores: tentar novos, desconhecidos e não comprovados métodos para conseguir novas idéias.

Uma técnica que eu estou trabalhando é uma que passarei a chamar de “Comparação Forçada”. Ela se dá de várias formas e tem a surpreendente capacidade de te dar centenas de novas idéias. Essa técnica pode até mesmo ser muito divertida quando aplicada, mas não deixe isso tirar sua coragem em experimentá-la. Afinal, deveríamos nos divertir no nosso trabalho. Ou isso é uma idéia muito original?

A base para esse método é simplesmente essa: compare seu problema a alguma coisa escolhida aleatoriamente.

Isso mesmo. Escolha um objeto ou processo e pergunte: “Como é meu problema comparado a um zoológico? Como ele é comparado a uma laranja? Um disco de vinil velho? Um pop star em ascensão? Não interessa o que você escolheu contanto que você tenha escolhido isso aleatoriamente. A idéia é forçar você a criar vínculos entre o seu problema e alguma outra coisa. O objetivo é a criação de novas conexões. Escondidos nessas conexões estarão uma ou duas possibilidades, que te levarão para alguma coisa potencialmente interessante.

Não deixe a simplicidade do conceito tirar sua coragem em testar o método. Se você o fizer, você estará mais uma vez resistindo à mudança, resistindo a uma nova idéia e decidindo: “isso não pode funcionar” porque é muito simples. Isso funciona. Dedique ao menos 20 minutos para alguma experimentação e você vai desenvolver novas idéias. Lembre-se de escrever o que aparecer na sua mente. Você vai ter novos pensamentos e, assim, abrir novas possibilidades para si mesmo. A maioria das idéias provavelmente não serão boas, mas certamente, algumas serão geniais. Permita-se.

Bruno Juliani – Bruno é um Master Coach dedicado à gestão de mudanças, alta performance e superação, bem como os efeitos que isso causa em pessoas e organizações, permitindo a elas a crescerem e prosperarem.  

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